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Blefarite

Blefarite é uma inflamação crônica e não contagiosa das pálpebras. É normalmente caracterizada pela produção excessiva de uma camada lípidica (óleo),  gerada por uma glândula encontrada na pálpebra, criando uma condição favorável para o crescimento bacteriano. As pálpebras ficam cobertas por detritos oleosos (caspas) e bactérias em torno da base dos cílios, podendo levar à perda destes.

Sintomas: coceira, irritação ocular, sensação de corpo estranho, lacrimejamento. Muitas vezes estes sintomas podem ser confundidos com conjuntivite, e durarem longos períodos sem melhora.

O tratamento consiste em pomadas de antibióticos e anti-inflamatórios nas crises, compressas mornas, higiene dos cílios com xampu neutro diariamente e mudança dos hábitos alimentares com diminuição da ingestão de gorduras.

Um oftalmologista pode fazer o diagnóstico preciso desta condição e indicar o melhor tratamento!

 

Retinopatia Diabética

A retinopatia diabética é a causa mais frequente de cegueira nos países industrializados entre as populações ativas e ocorre como resultado do dano, acumulado a longo prazo, aos pequenos vasos sanguíneos da retina. Acomete quase todos os pacientes com DM tipo 1 e mais de 60% dos pacientes com DM tipo 2.

Cerca de 1 a 3% da população mundial apresenta esse tipo de acometimento ocular; sendo que, após 15 anos de diabetes, aproximadamente 2% das pessoas se tornarão cegas e cerca de 10% desenvolverão sérios danos visuais. A retinopatia diabética é responsável por 30% das pessoas cegas.

O tempo de evolução do diabetes e o controle glicêmico são os principais fatores de risco para o desenvolvimento e agravamento da retinopatia. No entanto, outros fatores como a hipertensão arterial sistêmica mal controlada, tabagismo, acometimento renal e gravidez devem ser lembrados. As altas taxas de açúcar circulantes levam a diversas alterações nas paredes dos vasos sanguíneos, principalmente naqueles presentes nos rins e olhos. Assim, com a evolução do diabetes, essas alterações vasculares tendem a progredir, levando a sérias complicações em diversos órgãos e sistemas do corpo.

A retinopatia diabética apresenta vários estágios na sua evolução. Sendo inicialmente leve, mas que, se não tratada adequadamente, pode progredir para cegueira irreversível. Em fases mais tardias e severas da doença, pode ocorrer hemorragia intra-ocular, descolamento de retina, catarata e glaucoma.

O tratamento com laser, amplamente utilizado nessa condição, tem como objetivo evitar a piora da acuidade visual e a progressão da retinopatia para estágios mais graves. Em geral, podem ser necessárias várias sessões de laser até que se tenha um bom controle da doença ocular.

A cirurgia da retina, chamada de vitrectomia, geralmente é utilizada para se tratar as complicações mais severas e tardias da retinopatia, como a hemorragia intraocular e o descolamento de retina.

Recentemente, uma nova classe de drogas tem sido amplamente utilizada para o manejo de pacientes com retinopatia diabética avançada e baixa visual importante, são os chamados “anti-angiogênicos”. Estas medicações são injetadas diretamente no olho e têm o intuito de evitar a progressão da retinopatia, além de promover a melhora da visão e de algumas complicações relacionadas.

Todas essas opções de tratamento são utilizadas conforme o grau de severidade do acometimento ocular pela retinopatia e a visão do paciente. Durante o tratamento dos olhos é essencial o intenso controle da glicemia para promover uma melhor resposta ao tratamento. Lembrando que a causa da retinopatia e das alterações oculares é o próprio diabetes e esses sinais podem ser um alerta para o risco de a doença afetar outros órgãos. O diabetes é uma das principais causas insuficiência renal e cerca 10-20% das pessoas com diabetes morrem com falência renal.

É de suma importância o exame preventivo da retina com o OFTALMOLOGISTA em todas as pessoas portadoras de diabetes!