Simpósio IPB 100+3
O Simpósio de 2023 está imperdível!
Confira a programação: Simpósio IPB 100+3
Será no sábado, dia 03 de junho, nas dependências do IPB. Não perca! Para inscrições antecipadas, clique aqui!
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A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva ocular, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras, podendo acometer os dois olhos. A duração da conjuntivite dependente da causa e não costuma deixar sequelas. Pode ser ocasionada por fatores alérgicos, irritativos ou infecciosos e cada um deles necessita de tratamento específico. O olho torna-se vermelho, inchado, lacrimejante, com sensação de corpo estranho e às vezes com secreção.
Infecciosa
A conjuntivite infecciosa é transmitida mais frequentemente por vírus, mas também pode ser causada por fungos ou bactérias e tende a ser contagiosa. O contágio se dá, nesse caso, pelo contato. Assim, estar em ambientes fechados com pessoas contaminadas, uso de objetos contaminados, contato direto com pessoas infectadas ou até mesmo pela água da piscina são formas de se contrair a conjuntivite infecciosa. Quando ocorre uma epidemia de conjuntivite, pode-se dizer que é do tipo infecciosa.
O tipo mais comum de conjuntivite infecciosa é a viral, sendo geralmente causada por um adenovirus. É muito comum em escolas, local de trabalho, consultórios médicos, ou seja, todo local fechado com contato íntimo entre pessoas. O diagnóstico é realizado pelas características clínicas. O tratamento consiste na utilização de compressas geladas sobre as pálpebras, anti-inflamatórios e lágrimas artificiais tópicas. A propagação do vírus dura até 14 dias após o início dos sintomas.
A conjuntivite bacteriana caracteriza-se por ser purulenta. Este tipo é tratada com antibióticos tópicos. Um tipo específico de conjuntivite bacteriana, chamada de conjuntivite gonocócica, é causada por Neisseria gonorrhoeae que é uma bactéria sexualmente transmissível. Pode ser transmitida na hora do parto, mas a contaminação do recém-nascido é rara devido à aplicação de uma gota de nitrato de prata 1% no saco conjuntival ao nascimento. A conjuntivite de inclusão é causada por Clamydia trachomatis, sorotipo D-K, pertencente ao trato genital dos adultos. Possui uma duração maior e acomete geralmente jovens sexualmente ativos.
A conjuntivite fúngica é a mais rara. Geralmente acontece quando uma pessoa se acidenta com madeira nos olhos ou é usuária de lentes de contato.
Alérgica
A conjuntivite alérgica é aquela que ocorre em pessoas predispostas a alergias (rinite, asma, dermatite ou bronquite) e geralmente ocorre nos dois olhos. Esse tipo de conjuntivite não é contagiosa, apesar de poder começar em um olho e depois se apresentar no outro. Caracteriza-se por coceira e edema. Pode ter períodos de melhoras e reincidências, sendo importante a descoberta da causa da conjuntivite alérgica. O alérgeno mais comum é o pólen. É tratada com colírios anti-alérgicos e compressas geladas.
Tóxica
A conjuntivite tóxica é causada por contato direto com algum agente tóxico, que pode ser algum colírio medicamentoso ou alguns produtos de limpeza, fumaça de cigarro e poluentes industriais. Alguns outros irritantes capazes de causar conjuntivite tóxica são poluição do ar, sabão, sabonetes, spray, maquiagens, cloro e tintas para cabelo. A pessoa com conjuntivite tóxica deve se afastar do agente causador e lavar os olhos com água abundante. Se a causa for medicamentosa é necessária a suspensão do uso, sempre seguindo uma orientação médica.
Medidas de prevenção e controle
Lavar as mãos frequentemente, evitar aglomerações, evitar piscinas, lavar com frequência o rosto e as mãos, não coçar os olhos, trocar diariamente toalhas de rosto e roupa de cama, não compartilhar o uso de rímel/delineadores ou de qualquer outro produto de beleza, evitar contato direto com outras pessoas, não ficar em ambientes onde há bebês, não usar lentes de contato durante esse período, evitar banhos de sol, evitar luz – ela pode fazer com que o olho contaminado venha a doer mais.
Tratamento
Para melhor diagnosticar a causa da conjuntivite é aconselhável a ida a um oftalmologista, ele poderá descobrir qual o agente causador da conjuntivite e prescrever o colírio corretamente. Não deve ser tocado com a superfície das embalagens no olho ou pálpebra quando da aplicação dos colírios, para evitar a contaminação das soluções.
É utilizada gaze com água filtrada gelada para limpar a secreção que se forma no olho, assim como compressas geladas sobre as pálpebras. Água boricada não é mais indicada pelos médicos para esse tipo de tratamento.
Todo mundo já ouviu dizer que “os olhos são a janela da alma”, mas na verdade, são as janelas do corpo também. Eles são capazes de revelar doenças que, a princípio, não afetam a visão ou se relacionam com os olhos. Mas não é apenas isso: há uma estreita relação entre o “grau” (miopia, hipermetropia, astigmatismo), que são consideradas as doenças oculares mais comuns, e outras doenças da visão que podem levar à cegueira.
Inúmeras doenças sistêmicas (que afetam todo o corpo) podem também levar a alterações nos olhos e na visão (e isso pode ser o primeiro sinal de algumas enfermidades).
Há doenças oculares e sistêmicas que causam ou agravam o “grau”. Como por ex. diabetes mellitus, catarata, intoxicação medicamentosa, botulismo, tumores, infecções, aumento da pressão intracraniana, etc. As ametropias (grau), doenças oculares tidas aparentemente como simples, podem representar fator de risco para doenças oculares graves e com potencial cegante, como a obstrução dos vasos da retina, a degeneração macular relacionada à idade (conhecida como DMRI) e o glaucoma.
SAÚDE VISUAL E GERAL CAMINHAM DE MÃOS DADAS.
-| Consulte regularmente seu médico oftalmologista! |-
Fonte: Revista VejaBem, do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, n. 20, ano 07, 2019.
Óculos de sol são belos acessórios e fazem parte do nosso dia a dia. É grande a variedade de modelos presente no mercado, mas seu propósito vai muito além da moda. Eles são verdadeiros aliados quando o assunto é saúde ocular. Então, a resposta é sim, ajudam e muito, mas, para isso, é importante escolher os óculos certos.
Os raios ultravioletas emitidos pelo sol podem trazer sérios riscos à saúde. A exposição prolongada é capaz de causar problemas como o envelhecimento precoce e até mesmo câncer. De maneira geral, a principal preocupação é com a pele, que também deve ser protegida, mas, sem o cuidado adequado, os olhos também são afetados. Os óculos de sol têm a função de bloquear estes raios, impedindo que cheguem até a retina, além de proporcionar maior conforto à visão em dias mais claros e reduzir a evaporação da lágrima, prevenindo, desta forma, o ressecamento dos olhos.
Óculos falsos ou de procedência duvidosa, além de não cumprirem a função de proteger os olhos, ainda podem causar sérios danos à visão. Ocorre que as lentes escuras provocam a dilatação da pupila (como quando abrimos os olhos em locais com pouca ou nenhuma iluminação), fazendo com que a retina fique mais exposta. Quando os óculos não bloqueiam a entrada dos raios ultravioleta, eles atingem diretamente a retina, podendo aumentar as chances do aparecimento da catarata e da degeneração macular. O preço pode ser atrativo, mas não vale a pena arriscar a saúde dos seus olhos.
Fonte: Revista Veja Bem, n. 20, ano 07, 2019.
O tratamento oftalmológico passa quase que rotineiramente pela administração de colírios. Sejam lubrificantes oculares para conforto visual, sejam colírios para infecções, inflamações ou tratamentos pré ou pós-operatórios. Muitas vezes o sucesso de seu tratamento está intimamente ligado ao uso correto dos colírios. Mas você sabe administrar do jeito certo os colírios?
Lembre-se! Somente um oftalmologista está capacitado para prescrever o colírio correto às suas necessidades!
Fonte da figura: https://saude.novartis.com.br/glaucoma/a-importancia-dos-colirios-no-tratamento-do-glaucoma/
O crosslinking é um tratamento que está sendo amplamente divulgado nos últimos tempos. É utilizado no tratamento do ceratocone e das doenças ectásicas da córnea, com a finalidade de remodelamento corneano, visando a não progressão destas doenças.
É um tratamento pouco invasivo, realizado por médico oftalmologista especializado. Consiste na instilação de colírio de riboflavina (vitamina B) e da combinação de radiações especiais na córnea, com a finalidade de entrelaçamento das fibras de colágeno e aumento da resistência corneana.
Existem critérios para sua indicação e um acompanhamento rigoroso deve ser realizado antes e após o procedimento. O IPB dispõe deste moderno tratamento e de outros, para solução de ordem terapêutica destas doenças.
Consulte nossos oftalmologistas especializados do corpo clínico. Sua saúde merece prioridade!
As imagens tipo moscas volantes, cobrinhas e sombras que muitos pacientes enxergam se devem ao evento de descolamento do vítreo posterior.
O vítreo é uma espécie de gelatina transparente que preenche a parte posterior do olho, estando envolto e firmemente aderido à retina. Devido ao envelhecimento e algumas outras causas, essa gelatina pode se desprender da parede interna do olho e da retina sem causar, obrigatoriamente, danos à visão. Esse fenômeno é chamado de descolamento posterior do vítreo (“descolamento da gelatina do olho”).
O descolamento dessa gelatina e seus sinais são muito comuns e nem sempre estão relacionados ao descolamento de retina. No entanto, em alguns casos e na presença de fatores de risco, esse processo pode rasgar a retina em um ou mais pontos de maior aderência. Os sinais de alerta são: percepção de pontos negros na visão que se movimentam com a posição do olhar, embaçamento visual e por vezes flashes luminosos.
Esses pontos escuros são denominados moscas volantes e podem ter outras formas, como fio de cabelo e teia de aranha. Esses sintomas são comuns na população em geral e, principalmente, em pessoas com miopia e operadas de catarata.
Essas alterações geralmente são benignas e ocorrem com frequência e podem resultar da separação do vítreo da retina sem demais complicações. Porém, em alguns casos, ocorre a formação de um rasgo na retina, como anteriormente mencionado, se esta ainda estiver colada, o tratamento com aplicação de laser na área do rasgo deverá ser feita mais precocemente possível para se evitar maiores danos.
Caso qualquer uma destas alterações surja em seus olhos, procure imediatamente um oftalmologista.
A retina é uma fina camada contendo células nervosas que recobre internamente a cavidade posterior do olho. É responsável pela percepção e formação da imagem, fornecendo dados que são enviados para o cérebro, onde serão traduzidos. Assim, a retina é uma parte importante do olho para a visão.
O descolamento de retina geralmente ocorre após os 45 anos e afeta apenas um olho. Dentre os fatores de risco relacionados estão: história de deslocamento de retina na família, glaucoma e cirurgias oculares prévias. Pessoas com altos graus de miopia apresentam alterações retinianas que predispõe ao maior risco de descolamento de retina precoce. Acidentes que resultem em ferimento, impacto ou batida forte no olho, na face ou na cabeça podem provocar o deslocamento de retina, assim como o diabetes e inflamações oculares graves.
Os sinais de alerta são: visão embaçada, áreas enegrecidas ou flashes de luz/relâmpagos. Luzes ou flashes podem ser os sintomas iniciais do descolamento da retina e ocorrem devido à estimulação da retina que é interpretada pelo cérebro como sinais de luz. Esse sintoma é muito importante e a sua ocorrência exige um exame com o OFTALMOLOGISTA o mais breve possível.
Quando o descolamento de retina não é corrigido, quase todos os casos progridem até uma perda total da visão, cegueira irreversível e atrofia ocular. A correção de um descolamento de retina com a cirurgia é bem sucedido em aproximadamente 80% dos casos, embora mais de um procedimento possa ser necessário. Uma vez que a retina é novamente colada, a visão geralmente melhora e estabiliza. No entanto, essa recuperação pode demorar diversos meses antes que a visão retorne a seu nível definitivo.
Atualmente, existem diversas técnicas para cirurgia do descolamento de retina. Ressalta-se que em cerca de 5% dos casos de descolamento de retina num olho, que não seja causado por trauma, a doença afeta o outro olho. Assim, o segundo olho de um paciente com um descolamento de retina deve ser examinado minuciosamente e seguido com atenção.
O descolamento de retina é uma doença extremamente grave, com risco de perda total da visão e que sua a suspeita exige uma avaliação com um OFTALMOLOGISTA o mais rápido possível.
O ceratocone é uma doença da córnea (parte transparente anterior do olho) de causa ainda discutida, que acomete adolescentes e adultos jovens. Tem associação frequente com alergia e a coceira ocular pode ser o gatilho que inicia a doença.
É caracterizado pelo aumento progressivo e irreversível da curvatura da córnea, bem como pela diminuição de sua espessura. Em outras palavras, a córnea torna-se “pontuda” e “fina”.
Quais os sintomas?
No início da doença são: desconforto visual, dor de cabeça, sensibilidade à luz, baixa da visão (principalmente noturna) e troca frequente das lentes dos óculos, em virtude do aumento da miopia e principalmente do astigmatismo.
No início o uso de óculos ou lentes de contato é capaz de oferecer uma boa visão ao paciente.
Com a contínua progressão do ceratocone, o astigmatismo aumenta bastante (gerando uma imagem borrada e distorcida), e os óculos passam a não mais oferecer uma visão satisfatória. Neste estágio somente as lentes de contato (do tipo rígidas) são capazes de melhorar a visão, caso o ceratocone progrida, alternativas cirúrgicas devem ser consideradas (crosslinking, anel intraestromal e transplante de córnea).
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é realizado através de exame oftalmológico e pode ser confirmado através da Topografia ou Tomografia Corneana Computadorizada. Esses exames fazem uma análise das superfícies da córnea e expressam as informações através de um gráfico numérico e de cores. Com isto, além de auxiliar muito no diagnóstico, podemos acompanhar a evolução, forma, posição e tamanho do ceratocone.
Por fim, ressaltamos a importância de um acompanhamento com seu médico, para um diagnóstico precoce e escolha do melhor método terapêutico. O ceratocone é uma patologia frequente e na maioria dos casos é possível se obter uma boa visão com o uso de lentes de contato, que devem ser adaptadas exclusivamente pelo seu oftalmologista.